
A escolha de Varginha para a inauguração do Marco Zero, o ponto de partida oficial do Circuito Nacional do Café, se deve ao seu protagonismo histórico como centro inicial de exportação de café; O evento de inauguração acontece no próximo dia 29 de julho, às 18h30, em Varginha; os Marcos com QR Code guiarão os turistas para hotéis, restaurantes e fazendas de café.
O Circuito Nacional do Café dá mais um passo importante para a consolidação da rota, que conecta as cidades cafeeiras de Minas Gerais ao interior paulista até o Porto de Santos, com a instalação do Marco Zero, em Varginha. A cidade foi escolhida para receber o primeiro marco por se destacar no cenário nacional e internacional pela sua produção e comercialização do grão e como grande exportadora de café no Brasil, especialmente de café arábica. No próximo dia 29 de
julho, às 18h30, Varginha, berço do café mineiro, no Sul de Minas se tornará o ponto de partida oficial do Circuito Nacional do Café. O evento reunirá empresários do setor, autoridades e a imprensa, na Fazenda Pro Café.
A inauguração do marco celebra o início de um projeto ambicioso que promete redefinir a experiência turística e fomentar uma nova cadeia de oportunidades. Segundo o gestor cultural e idealizador do Circuito, Edgar Bessa, a escolha de Varginha para abrigar o primeiro monumento deste mapa de cidades cafeeiras não é um acaso, mas um reconhecimento de sua importância estratégica. Além disso, a região é famosa por suas belas fazendas, o que contribui para fomentar o turismo na região. Segundo Bessa, o marco físico será instalado no Trevo do Porto Seco, um local emblemático que remete à primeira Estação Aduaneira do Interior do Brasil, estabelecida na década de 1950. “Essa estrutura foi vital para a logística do café, centralizando a produção regional antes de sua jornada para os portos e a exportação global, consolidando a cidade como um pilar no desenvolvimento da cafeicultura mineira”, conta o executivo.
Essa iniciativa é uma semente de um futuro próspero para o turismo e a economia do grão no Estado. Para o prefeito de Varginha, Leonardo Ciacci, receber o Marco Zero é uma honra que reflete a alma da cidade. Varginha tem o café em seu DNA. Fomos o centro logístico que impulsionou o grão mineiro para o mundo. Assumir a posição de cidade mãe deste Circuito Nacional é abraçar nosso protagonismo histórico e transformá-lo em um motor para o futuro. Este marco não é apenas uma homenagem ao passado, mas um compromisso com a geração de emprego, renda e o fortalecimento de nossa identidade cultural para as próximas gerações, afirma o prefeito.
Como vai funcionar a instalação dos marcos no Circuito Nacional do Café?
O projeto já demonstra um ritmo acelerado de expansão. Segundo Edgar Bessa, a previsão é que outros seis marcos sejam instalados ainda este ano, com o objetivo de contemplar todas as 51 cidades do traçado inicial até o final de 2025. Municípios como Carmo do Rio Claro, Guapé, Alfenas, Elói Mendes, Três Corações e Três Pontas já aguardam com grande expectativa a sua inclusão oficial no Circuito.
Para garantir uma experiência imersiva e funcional aos visitantes, cada marco instalado ao longo do Circuito do Café contará com um QR Code. Ao ser escaneado, o código direcionará o turista para o portal oficial do Circuito, oferecendo um guia completo com informações sobre pontos turísticos, opções de hospedagem, restaurantes, e um roteiro detalhado das fazendas produtoras abertas à visitação em cada município, integrando a tecnologia à tradição. A materialização deste
grandioso projeto em Varginha é fruto de uma colaboração estratégica, contando com o fomento dos patrocinadores Porto Seco Sul de Minas e da Fazenda Pro Café, uma das referências na produção cafeeira do Estado, e o apoio institucional da Prefeitura de Varginha.
A Secretaria Municipal de Turismo e Comércio de Varginha (Setec), Rosana Aparecida Carvalho, destaca o impacto prático e imediato da iniciativa. O Marco Zero funciona como um catalisador para uma nova era do turismo em Varginha e região. Ele nos permite estruturar e promover de forma integrada toda a nossa cadeia produtiva: desde as fazendas centenárias que agora se abrem para visitação, passando pela nossa rica gastronomia, até a rede hoteleira e o comércio local. É a
engrenagem que faltava para impulsionar o desenvolvimento econômico de forma sustentável e organizada, pontua a secretária.
Inicialmente, o Circuito Nacional do Café abrange 51 municípios distribuídos entre as regiões do Alto Paranaíba, Triângulo Mineiro e Sul de Minas e vai receber novas cidades com Lei Complementar. A iniciativa é amparada pela lei federal 14.718/2023, que reconhece o vasto território do café, incluindo áreas de Minas Gerais e São Paulo, como o 14º Monumento Nacional, conferindo ao projeto uma base legal e um reconhecimento de sua importância para o patrimônio brasileiro.
Edgar Bessa vê o projeto como a materialização de um sonho que conecta a terra à experiência humana. Estamos criando muito mais do que um mapa turístico do café; estamos tecendo uma rede que une cultura, tradições, paisagens deslumbrantes e, claro, as experiências sensoriais que só o nosso café pode oferecer graças às famílias produtoras rurais. “O Circuito nasce para valorizar cada produtor, cada história de família e para transformar nossas ricas regiões cafeeiras em destinos desejados por viajantes do Brasil e do mundo, explica Bessa.